NASA flagra planeta em formação

Telescópio espacial Spitzer, da NASA, flagra cena de planeta em formação a mil anos-luz de distância.

O comportamento estranho perto de uma jovem estrela foi observado durante cinco meses na constelação de Perseu. Astrônomos perceberam que algo parecia estar empurrando um punhado de material formador de planeta ao redor do astro.

Em uma região repleta de jovens estrelas, de dois a três milhões de anos de idade, isso não deveria ser uma grande novidade. O que surpreendeu os pesquisadores foram as alterações encontradas. Planetas são formados a partir de discos de gás e poeira em um processo que leva milhões de anos para acontecer, e dificilmente alguma alteração significativa poderia ser observada em uma escala de tempo perceptível a humanos.

No entanto, o Spitzer flagrou luz infravermelha vindo de um desses discos ao redor de uma jovem estrela chamada LRLL 31. A luz variou de forma inesperada, e em apenas uma semana foram observadas mudanças.

Astrônomos constataram que o disco em torno da LRLL 31 possuía, além do furo central, uma outra abertura (ver imagem) e que a luz variava de forma bastante inesperada: quando aquelas com maior comprimento de onda aumentavam, as de menor comprimento diminuíam, e vice-versa.

Uma explicação possível é a de que algum corpo celeste próximo (uma estrela ou planeta em desenvolvimento) pode também estar liberando material para a formação do planeta, fazendo sua espessura variar conforme gira ao redor da estrela. Assim, perto desta estrela ou planeta, a parede interna do disco de poeira se espremeria, formando um caroço e causando as variações captadas pelo Spitzer.

Para poder mover material de forma tão rápida, o tal corpo companheiro teria que estar bem próximo ao planeta em desenvolvimento – cerca de um décimo da distância que existe entre a Terra e o Sol.

Com o estudo, astrônomos esperam entender melhor a dinâmica da formação desses corpos celestes.

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